Blog de Vera Braz Mendes -
Astrologia, Programação Neurolinguística, Coaching - Astrocoaching
"Tudo em nós está no nosso conceito do mundo, modificar o nosso conceito do mundo é modificar o mundo para nós, isto é, é modificar o mundo. Pois,ele nunca será para nós senão o que é para nós" Fernando Pessoa
A interpretação de um mapa astral
não é ciência, é Arte. A sua construção pode ser ciência, mas a sua
interpretação é arte (Richard Idemon). E como arte, expressa a visão do mundo do artista. Se
tivermos o mesmo mapa interpretado por dez pessoas diferentes, vamos ter dez
interpretações, mesmo partindo dos mesmos pressupostos, do mesmo conhecimento.
Muitas pessoas perguntam-me se a
Astrologia é limitadora. A astrologia não é limitadora… a astrologia, tal como tudo o resto, é
limitadora quando o artista tem numa visão limitada do mundo. E, afinal, astrólogo e cliente são apenas espelhos um do outro.
A vida não é estática, as pessoas
não são estáticas, estão em constante processo. Um mapa ganha vida quando
ligado ao processo de alguém. Até lá, é um conjunto de partes. Só quando
estamos com alguém é que, verdadeiramente, o todo se mostra maior que a soma de
todas as partes. E aí dá-se magia. Num mundo de possibilidades infinitas, onde tudo é energia e
onde quem observa já não é mais observador mas participante, visto que o
observador influencia o observado, ter esta consciência é fundamental para que
a dinâmica se crie e para que a relação produza crescimento em ambos.
Num mapa natal lidamos com uma
quantidade enorme de informação e, como astrólogos, temos que ter uma mente mercuriana para conseguirmos lidar com tanta informação. No entanto, não podemos cair na tentação de
que podemos ver tudo… Não podemos. Cada
pessoa é um mundo interminável de possibilidades e por isso, temos de ser capazes de ver mais além, ver de cima. Ver a folha é importante. Ver a floresta é fundamental. Sermos capazes de
sair da nossa própria pele é crucial. Devemos ganhar a capacidade de jogar
a dança das cadeiras: um jogo de associação/dissociação. Sermos capazes de
estar na nossa própria cadeira, associarmo-nos à cadeira do outro vendo o mundo segundo
o ponto de vista dele, dissociarmo-nos e sermos capazes de ver a dinâmica da relação que se
estabelece é um ponto que, a meu ver, produz crescimento. Muito importante também, é sermos capazes de ver a relação e a vida
do outro num contexto mais alargado, num contexto transpessoal. Mais do que responder a porquês, a astrologia responde-nos ao para quê. E só no para quê, podemos encontrar o como.
Tudo está em constante mudança.
Eu e tu… também.
“You cannot take a person any deeper
than you yourself have gone. You cannot see anything more clearly in another
chart than you can see in your own mind, or in your imagination. The breadth of
your experience, your education, and your insigth into yourself, is what will
enrich you as na astrologer, not further techniques and cookbooks. The deeper
you become – the more broad you become – the better astrologer you will be.” (Não
podes levar uma pessoa mais fundo do que tu mesmo foste. Não podes ver nada
mais claramente noutra carta que não possas ver na tua própria mente, ou na tua
imaginação. A amplitude da tua experiência, da tua educação e do teu insigth, é
o que te vai enriquecer como astrólogo,
não são mais as técnicas e livros de culinária. Quanto mais profundo te
tornares – mais amplo te tornares - melhor astrólogo serás).
Vivemos num mundo caracterizado pelo imediatismo, pela pressa, pela necessidade de satisfação imediata, pela ilusão de que um dia, alguma coisa ou alguém nos vai conseguir tapar o buraco profundo que temos na alma. Vivemos na ilusão de que… quando um dia formos… quando um dia tivermos… seremos felizes. E assim continuamos… à espera!
“Gosto de caminhar pelos trilhos do campo, pelas plantações de arroz ladeadas por gramíneas selvagens, pisando conscientemente o solo maravilhoso. Nessas horas, a existência torna-se uma realidade miraculosa e misteriosa. Normalmente, as pessoas consideram um milagre caminhar sobre a água ou no ar. Mas eu acho que o verdadeiro milagre é caminhar no chão. Todos os dias nos envolvemos em milagres que nem sequer reconhecemos: o céu azul, as nuvens brancas, as folhas verdes, os olhos negros e curiosos de uma criança – os nossos próprios olhos. Tudo é um milagre.” Thich Nhat Hanh
Vivemos num mundo caracterizado pelo imediatismo, pela pressa, pela necessidade de satisfação imediata, pela ilusão de que um dia, alguma coisa ou alguém nos vai conseguir tapar o buraco profundo que temos na alma. Vivemos na ilusão de que… quando um dia formos… quando um dia tivermos… seremos felizes. E assim continuamos… à espera!
Olhamos em volta e é assim… tudo nos é oferecido todos os dias com promessas de satisfação plena. Compramos o carro… a casa. Mergulhamos na relação … construímos a família. Fazemos o curso… temos o emprego. E continuamos à espera! Nesta grande ilusão perdemo-nos, tornamo-nos ansiosos, tornamo-nos máquinas projetoras de hábitos, de qualquer coisa que não somos nós. Numa sociedade onde os processos do hemisfério esquerdo do cérebro foram e são tão glorificados, fomos ensinados a passar demasiado tempo a pensar, a fazer… muito pouco tempo a Ser. E é disto que se trata, Ser! E Ser não é fundamentado por lógica alguma. É-se e pronto!
Mesmo em modelos que promovem o auto-conhecimento e o desenvolvimento pessoal, as palavras chave são Objetivos, Ação. Os objetivos são importantes, agir é importante. Precisamos saber o que queremos para podermos direcionar o nosso foco. Precisamos de sair da inércia. No entanto… que objetivos? Objetivos que nos levam passo a passo na direção do nosso centro, ou objetivos onde procuramos, mais uma vez, pela aquisição exterior, validar-nos enquanto pessoas?
Os objetivos são importantes… quando conseguimos desapegar-nos do resultado. E, para isso, precisamos todos de aprender a viver no Presente. Precisamos de desacelerar, respirar, saborear.
Neste mundo frenético, eis que lentamente nos voltamos para a qualidade, para o centro. E vamos buscar a práticas antigas, como a meditação, ensinamentos preciosos que nos permitem desenvolver a atenção plena, a capacidade de estar no Presente – o Mindfulness.
O Dr Jon Kabat-Zinn (fundador e diretor da Stress Reduction Clinic no Centro Médico da Universidade do Massachusetts, e Professor Associado no Departamento de Medicina Preventiva e Comportamental) é um dos principais investigadores neste campo. É especialista em meditação Zen, na prática da Atenção Plena e tem sido um dos responsáveis pela integração do Mindfulness no sistema de tratamento clínico e psicológico. Há vários estudos realizados por neuro-cientistas que indicam que a meditação pode trazer benefícios físicos e mentais a quem a pratica com regularidade.
Mindfulness, ou Atenção Plena, é um estado de atenção no momento presente no qual podemos tomar consciência dos nossos pensamentos, sensações físicas e emoções quando ocorrem, sem reagir de uma forma automática, permitindo-nos assim escolher como responder ao que vai acontecendo. Permite-nos ver as coisas como elas são, incluindo nós mesmos. Gastamos muita energia a reciclar o passado ou a pré-ocupar-nos com o futuro. Pelo caminho fica a capacidade de saborearmos o presente.
Com a prática do mindfulness, desenvolvemos a capacidade de deixarmos de nos identificar com os nossos pensamentos. Passamos a observar, sem julgamento, o que se passa na nossa mente. A observação permite-nos dar conta dos nossos padrões, preconceitos, hábitos e, assim, responsabilizarmo-nos pelas nossas escolhas.
Ganhamos flexibilidade e principalmente abertura para a multiplicidade de escolhas que fazemos diariamente. Passamos cada vez mais a viver no lado da causa e menos no lado do efeito. Nós somos os criadores das nossas experiências.
A prática de mindfulness não é separada da vivência do dia a dia, não é separada da vida. Não precisamos de nos retirar para lugar nenhum para praticar mindfulness. A Atenção Plena pratica-se em todos os momentos. Não é daqui a um bocado, é Agora. Pratica-se a caminhar, a lavar a loiça, a comer… Sempre que estamos a fazer alguma coisa, somos apanhados por pensamentos que nos tiram a atenção do presente… e lá vamos nós atrás desses pensamentos. Pensamentos esses que muitas vezes são gatilhos para estados emocionais que nos tiram o equilíbrio. Mindfulness é isto, é ter a atenção no momento presente. E sempre que o conseguimos, estamos em paz.
“Somos o que pensamos.
Tudo o que somos provém
dos nossos pensamentos.
Com os pensamentos
Fazemos o mundo” – Dhammapada
Exercício:
Deixo-te duas sugestões para começares a praticar a Atenção plena, em actividades simples e que fazes diariamente
.
A tomar banho:
Normalmente, tomamos banho de forma mecânica e a pensar em mil e uma coisas. Por isso, não nos apercebemos de uma série de sensações que um banho pode proporcionar.
Ao tomares banho sente a temperatura da água, sente o toque das gotas do chuveiro que caiem sobre o teu corpo e que escorrem por ele. Observa cada sensação e cada movimento realizado. Simplesmente sente. Observa-te a tocares-te quando te lavas, a espuma a tocar na tua pele… o cheiro. Observa como a tua mente vai para longe, como pensas no que tens de fazer a seguir, preocupaste com o futuro, ou te lembras de alguma coisa que já passou e ficas a remoer no passado. Apenas observa o processo, sem julgar. E, sempre que te apanhares nestes pensamentos, retorna ao banho, às sensações, aos cheiros, aos sons. Volta para o Aqui e Agora todas as vezes que a tua mente for para outro lugar que não seja o presente.
A comer:
Deixa de lado tudo o que possa desconcentrar-te – desliga o computador, a televisão, deixa de lado os livros, revistas…
Agora observa tudo, desde o acto de segurar o garfo e levá-lo à boca, a todas sensações que comer te pode trazer – o cheiro, o sabor dos alimentos, a textura, o contacto dos dentes com o alimento, a mastigação, a comida sólida tornando-se líquida e sendo engolida, passando pela garganta …
Por alguns minutos fecha os olhos quando a comida estiver na boca e come vagarosamente, saboreando-a.
A lua nova de Carneiro acontece no dia 22 de Março às 14.38 no grau 3.
"O relacionamento do sol e da lua desenrola-se de acordo com um padrão ondulado de aumento e diminuição da luz, ou separação e retorno da lua para o sol. O ciclo começa na lua nova, quando a lua está perdida no brilho do sol." In O ciclo de Lunação - Dane Rudhyar
Na astrologia, o relacionamento do sol e da lua é o arquétipo base para todos os relacionamentos entre planetas. A relação sol-lua passa por diversas fases durante o ciclo.
Na lua nova, a lua é impregnada pela energia vital solar. Como nos diz Rudhyar, "O sol liberta a sua emanação espiritual por ocasião da lua nova". Um novo ciclo de experiência começa, por isso, é um bom momento para rever os nossos compromissos e estabelecer objectivos.
Durante os três dias que antecedem cada lua nova, a fase balsâmica da lua, podemos libertar o excesso de peso que trazemos às costas na nossa "mochila". É uma fase de meditação, de reflexão sobre o que temos que libertar porque não faz falta para o ciclo que se vai iniciar. É como a história do mestre Zen: O mestre Zen está com um novo discípulo a tomar chá. O mestre pega no bule e enche a chávena do discípulo. A certa altura, a chávena já está cheia, começa a verter, e o mestre continua a enchê-la. O discípulo, aflito, grita; "mestre o que está a fazer? a chávena já está cheia, está a transbordar" e o mestre responde; "a tua mente é como esta chávena de chá. Como é que posso ensinar-te alguma coisa se já está cheia?" Só quando vazamos a nossa chávena é que podemos experimentar um novo e delicioso chá.
Assim, a cada lua nova, temos a oportunidade de nos alinharmos com a energia que está a ser libertada. É altura de lançar sementes.
A Lua nova de carneiro é no dia 22 de Março às 14.38. Podemos então, nessa altura, estabelecer objectivos de acordo com o simbolismo de carneiro e de acordo com a casa (experiência) onde carneiro aparece no nosso mapa.
Carneiro é o primeiro fogo. É o berço das ideias. Projecta tanto impulsos criativos (mercúrio como regente esotérico), como é a devoção aos impulsos do ego (marte - regente da personalidade). Quando carneiro está a trabalhar ao nível da alma, mercúrio introduz novas ideias que vêm do mental superior, dando por isso acesso aos arquétipos. Quando está a trabalhar apenas ao nível da personalidade, o instinto de marte é apenas de satisfação dos desejos do ego.
Proponho também que leiam o símbolo sabeu para o grau 3 de Carneiro e que meditem um pouquinho sobre ele.
Símbolo Sabeu para o grau 3 de Carneiro
"Um camafeu com o perfil de um homem, sugerindo a forma do seu país.
Ideia Básica - O poder sustentador do Todo, quando o indivíduo se identifica com a Sua vida.
Tendo-se tornado objectivamente consciente da sua natureza e da sua humanidade básica, a pessoa em processo de individualização encontra força e segurança interiores na realização da sua identidade essencial na secção do Universo em que opera. Ela e essa secção parecem, para a sua consciência, unidas num processo de ordem cósmico-planetária - numa participation mysthique. Metaforicamente, trata-se do conceito da identidade entre Atman e Brahman. Noutro sentido, graças à sua capacidade de identificar-se com o complexo de actividades vitais que estão ao seu redor, o indivíduo particular pode tornar-se, verdadeiramente, não apenas uma imagem e representação do Todo do seu ambiente natal (local planetário e, talvez, eventualmente, cósmico), mas também um agente por meio do qual o Todo pode expressar-se num acto de ressonância e expansão criativas. Trata-se do ideal do avatar - o ideal de uma vida e de uma consciência "transpessoais", inteiramente consagradas a um divino Poder e por ele dirigidas. Esse poder também pode ser concebido como o Eu arquetípico, o princípio-Cristo, em sua operação num e por meio de um indivíduo e de um destino particulares que se tornaram sua manifestação externa, com o fito de atender a uma necessidade humana colectiva.
O conceito da identidade formal-estrutural entre o macrocosmo universal e o microcosmo humano é muito importante, já que se manifesta em muitos níveis. Ele forneceu um sentido interno de segurança e de força harmónica ao homem arcaico. Para o indivíduo moderno, acossado pela evidência superficial de falta de sentido e de futilidade, esse conceito fornece um sentimento de participação na ampla maré da evolução. Trata-se da resposta ao trágico sentido da alienação tão prevalecente em nossos dias.
Este símbolo caracteriza o terceiro estágio da primeira sequência quíntupla de fases: o estágio da PARTICIPAÇÃO CONSCIENTE NUMA VIDA MAIS AMPLA."
O ingresso do sol em Carneiro
simboliza o início da primavera. É o equinócio da Primavera. A palavra
equinócio vem do Latim, aequus (igual) e nox (noite), e significa "noites
iguais". O dia e a noite duram o mesmo tempo, 12 horas. Este ano o equinócio
será no dia 20 de Março às 5:16 a.m. e a primeira lua nova do ano, a lua nova
de Carneiro, será no dia 22 às 14:38 p. m.
Depois do Inverno, do
recolhimento, tudo desperta para a vida na Primavera. Carneiro representa assim
este despertar para a vida, possibilidades de começo, de lançar sementes.
Carneiro é o primeiro signo de fogo e o primeiro signo cardeal. Em Carneiro é
libertada a energia do fogo que representa o processo de identidade, o
reconhecimento do sentido do Eu através da acção. Após o período de
"conservação" do Inverno, a vida desperta com a chegada da Primavera.
É o nascer do dia, o acordar de todas as possibilidades que cada nascer do dia
traz consigo. A casa onde aparece Carneiro no nosso mapa natal, é a área de
vida onde nos precisamos de afirmar como indivíduos, onde temos de cultivar a
liberdade para expressar independência, onde podemos ousar. Ao nível da Alma, o
fogo de Carneiro traz as ideias criativas, cumpre a vontade do plano.
Muito se tem falado do ano de
2012 e, profecias à parte, a verdade é que no mapa da entrada do sol em
Carneiro, toda a instabilidade está bem representada. O ano 2012 é regido pela
lua. Lua que está em conjunção com Neptuno e Quiron e na fase balsâmica. O ascendente do
mapa é Aquário que vem trazer a tónica da mudança, de um ano fora do comum. Sol, Mercúrio
e o Úrano estão em conjunção em Carneiro. O regente do Sol, Marte, está em virgem retrógado.
As acções de carneiro terão de ser motivadas pelo aperfeiçoamento, eliminando o
que não é necessário, o que não faz falta e está a mais. As acções não podem
ser mais motivadas pelo simples desejo egóico, pelo fora, pelo exterior. Têm de
fundamentar-se dentro e têm de estar de acordo com a vontade da Alma. Mercúrio e
Saturno também estão retrógados. Pela positiva, o mapa é marcado pela conjunção
Vénus/Júpiter em trigono a Marte e Plutão.
A Lua, regente do ano e regente
de caranguejo, convida-nos a olhar para dentro de forma a curar o nosso
mundo emocional. Convida-nos a perguntar de que forma é que nos relacionamos
com as nossas emoções. O que é que precisamos para nos sentirmos seguros? Em
que areias se movem as fundações emocionais do nosso Ser? Sólidas… movediças…?
Como é que nos relacionamos com a nossa criança interior. Como é que nos
alimentamos emocionalmente?
A Lua é o princípio feminino
dentro de cada um de nós, independentemente do nosso sexo. Representa a nossa
capacidade para nos sentirmos amados … ou não. É a nossa fundação emocional, os nossos padrões.... muitas vezes a sombra.
Representa a mãe. A nossa segurança emocional. Procura sempre um sentimento de pertença
e por isso mesmo, muitas vezes, gera dependências. Representa os instintos que
nos levam a ser reactivos para obtermos alimento … amor.
A conjunção da Lua com Neptuno é
um indicador da necessidade de transcendência, da necessidade de buscar o
alimento no espiritual. Neptuno simboliza a taça para receber as águas, a
compaixão. Esta conjunção é um indicador de sensibilidade… somos convidados a
encontrar a mãe, o alimento, o Divino dentro de cada um de nós. Com Neptuno, a
ilusão da separação do ego dissolve-se. Como dizia o Nuno Michaels na conferência
“construção da Arca”, com a passagem de Neptuno por Aquário aprendemos os
conceitos, com Neptuno em peixes…. temos que sentir, integrar. Temos de deixar
de “pregar” a verdade e Ser verdade. Falar e dizer aos outros o que devem fazer
é fácil, menos fácil é fazê-lo na nossa própria vida. Para isso, temos que
limpar as nossas próprias águas. Ainda parafraseando o Nuno, estando Saturno neste
momento em balança, Úrano em carneiro e Plutão em Capricórnio, ocupando assim
três dos quatro signos cardeais, o que fica em falta é… caranguejo …. É curioso
que este ano seja regido pela lua. No entanto, esta lua tem a tónica de peixes
e de Neptuno, convida-nos a deixarmos de nadar nos nossos próprios pântanos e a
mergulharmos no oceano da vida. Neptuno em peixes estimulará a nossa fé, a
nossa flexibilidade e tolerância. Aparecendo em conjunção com a lua no mapa
deste ano…. estimulará também a instabilidade, a falta de orientação de muitos,
a sensação de estarem perdidos, sem rumo. Assim, abre possibilidade para uma
reorientação, para a necessidade de alinhamento com a vontade da Alma.
Num ano marcado pelo início da quadratura Úrano/Plutão, este equinócio
pode representar, se quisermos, o Inicio de uma nova ordem. E comecemos em cada
um de nós a despertar o fogo espiritual simbolizado por Carneiro, deixemos
emergir a nossa auto-consciência mas com um propósito maior e para além da
nossa identidade pessoal. A escolha é nossa.
Nota - Para quem não conhece a linguagem astrológica, a quadratura Úrano/Plutão começa este ano e estará até ao final de 2015. Este ano será muito activa entre maio e outubro e, principalmente em Julho, quando Marte em balança fará a quadratura em T. Esta quadratura representa a tensão e o embate de duas forças poderosas; Úrano em Carneiro - impulso renovador e revolucionário, a aceleração, a urgente necessidade de mudanças, a necessidade de integração de novos arquétipos. Plutão em Capricórnio - necessidade de regeneração da velha ordem de poder, das estruturas que não servem mais e que são incapazes de trazer evolução, quer sejam económicas, políticas ou sociais.
"As metáforas que usamos, se decidirmos olhar para a riqueza do seu simbolismo, permitem-nos conhecer e entender a nossa vida de uma maneira completamente nova. Nelas estão contidas as nossas crenças, os nossos valores, a forma como filtramos a realidade."
Por vezes forte, coragem de leão, às vezes fraco, assim é o coração, diz-nos Pedro Abrunhosa numa música lindíssima. Se eu tivesse que descrever a minha vida numa frase, esta seria uma boa frase. Se eu tivesse que descrever a minha vida em seis palavras… Coragem, coração e determinação de leão.
E tu? Como é que descreverias a tua vida em seis palavras?
Na semana passada, andava a pesquisar no site da Oprah, quando encontrei uma referência a um artigo na O Magazine que propunha exactamente este desafio: descrever a nossa vida em seis palavras – The Six-Word Memoir. Este desafio tinha sido primeiro lançado em 2006, pelo escritor e editor Larry Smith na sua publicação on-lineSmith Magazine, e duraria um mês. Cinco anos depois, continuavam a chegar frases.
As metáforas que usamos, se decidirmos olhar para a riqueza do seu simbolismo, permitem-nos conhecer e entender a nossa vida de uma maneira completamente nova. Nelas estão contidas as nossas crenças, os nossos valores, a forma como filtramos a realidade. Levamos o dia todo, a vida toda a utilizar metáforas e, na maioria das vezes, nem nos damos conta da verdadeira natureza do seu simbolismo. Nem nos damos conta que se tomármos as metáforas que utilizamos no dia-a-dia como descrições literais do nosso processo inconsciente, elas podem tornar-se numa ponte para uma maior auto-consciência. As metáforas podem criar-nos insights ou podem limitar-nos, elas podem libertar-nos ou aprisionar-nos. Se alguém te diz que “carrega o mundo nos ombros”, que imagem é que tens dessa pessoa? Que imagem é que ela tem de si própria?
Que metáfora utilizarias para descrever a tua vida em seis palavras? Se eu te perguntasse quem tu és, que metáfora escolherias?
Toma nota das metáforas que utilizas, escolhe-as bem. Pára por um segundo, pega numa folha de papel e escreve uma metáfora sobre ti. Tu és como o quê? Que imagens vêm do teu inconsciente? O que é que a metáfora diz sobre ti? És como um rio com pedras e desvios?…. És como o mar? Calmo? Agitado? A metáfora liberta-te ou aprisiona-te? O que é que te impede de mudar?
Exercício
A caixa mágica
1 – Arranja uma caixa de madeira com tampa e um espelho.
2 – cola o espelho no fundo da caixa.
3 – Decora a caixa como quiseres.
Agora… pssst… vou contar-te um segredo…
Esta é uma caixa mágica. Nela está guardada para sempre a coisa mais importante do mundo…
Sempre que te esqueceres do que no mundo é mais importante, abre a caixa e olha lá para dentro.
"Um processo de coaching ao nível da identidade e ao nível espiritual pode ajudar-nos nesta procura, onde o estado desejado é estarmos profundamente conectados connosco"
“Don't be afraid to be weak. Don't be too proud
to be strong. Just look into your heart my friend, that will be the return to
yourself. The return to innocence”. (Não tenhas medo por seres fraco. Não
tenhas tanto orgulho por seres forte. Apenas olha dentro do teu coração meu
amigo, esse será o retorno a ti mesmo. O retorno à inocência).
Enigma Return to innocence
Há músicas, palavras, que têm o
poder maravilhoso de despertar qualquer coisa dentro de nós. Não sei bem o quê,
mas despertam. Esta música dos Enigma e, principalmente a letra, faz isso
comigo. Esse não sei bem o quê. Mas é um quê muito profundo, um quê que me leva
para dentro numa emoção absoluta e arrebatadora.
É este retorno à inocência, este
encontro com o nosso self mais profundo que todos procuramos. De uma forma ou
de outra, a resposta que procuramos à pergunta “quem sou eu?” é esta. Este
estado essencial, este retorno à inocência. E encontramos muitas vezes um
vislumbre dele; numa música, no nascimento de um filho, a contemplar uma flor….,
para nos esquecermos logo de seguida. Desconectamo-nos. Perdemos contacto com o
nosso Ser profundo e compensamo-nos em actividades e comportamentos que só nos
mantêm desconectados. Tornamo-nos reactivos e não activos. Deixamos de ser
co-criadores da nossa história. Passamos a agir para nos afastarmos daquilo que
temos medo em vez de ficar em contacto com aquilo que somos e expressar
criativamente o que somos no que fazemos.
Cada dia que passa, encontro mais
pessoas que, como eu, procuram este retorno à inocência. Estamos claramente num
período desafiador e é mesmo por isso que as possibilidades se abrem. Cada um
fará o seu caminho, reavaliará a direcção que a sua vida tem estado a tomar e
decide agir, ou não. Um processo de coaching ao nível da identidade e ao nível
espiritual pode ajudar-nos nesta procura, onde o estado desejado é estarmos
profundamente conectados connosco. É um despertar, um acordar, um sair da
letargia que gera transformações nas nossas vidas.
A mudança é a única constante da
vida. Mas mudança não quer dizer progresso, não é sinónimo de evolução. O
desafio é aprender a acompanhar os movimentos naturais da mudança, participando
deles mais conscientemente, em vez de sermos levados inconscientemente pelas
circunstâncias que a vida nos traz. O desafio é aproveitar a mudança num
sentido evolutivo, num sentido de crescimento pessoal. E há várias formas de
fazeres o caminho. Escolhe com o coração e saberás que é a certa, porque é a
Tua. Não desistas de te religares à inocência. E “don't care what people say, just follow your
own way. Don't give up and use the chance to return to innocence.“ (Não te
importes com o que os outros dizem, segue apenas o teu próprio caminho. Não
desistas e usa a oportunidade para retornares à inocência.).
Exercício:
Metáfora da Fonte Criativa da
vida
(Faz o exercício quando souberes
todos os passos ou pede a alguém para te guiar)
Vai para um lugar confortável e
descontrai. Toma atenção à respiração e relaxa. Inspira e expira profundamente
quatro vezes.
-Imagina uma bola brilhante de
luz, pairando sobre a tua cabeça, representando simbolicamente a fonte criativa
da vida.
- Pede a essa bola de luz que
envie um foco de luz sobre a tua cabeça, que ele desça pela coluna vertebral,
pelas pernas, até aos pés, que atravesse o chão e desça até o centro da terra.
- Na próxima
respiração, absorve a energia do centro da terra: que essa energia suba através
dos teus pés até o centro do teu peito, e deixa essa energia ficar aí a girar,
como uma pequena bola.
- Pede novamente um foco dessa
luz sobre a tua cabeça, e deixa essa energia conectar-se com a pequena bola no
teu peito, e que essas duas energias se fundam.
- Agora estás, simbolicamente, a
receber uma energia que cria nova vida, e outra energia que vem da terra e que
faz a vida florescer.
- Deixa essa energia crescer e
encher todas as tuas células, vê a energia expandir-se, saindo do teu corpo e
enchendo cada átomo e cada molécula no sítio onde estás sentada.
- Agora, acompanha essa energia
ao penetrar cada átomo nesse sítio, percebe e experimenta como tudo vem da
mesma fonte de vida, agradece por essa igualdade, e agradece pelas
diferenças.
- Recebe tudo de volta, e
deixa a energia crescer até transformar-se numa brilhante pérola de luz no meio
do teu peito. Sente a paz, ouve o silêncio dentro de ti, e diz a ti própria:
‘Eu sou a paz’."
"Hoje quero falar-vos de Partes. Uma das principais dificuldades que acredito que as mulheres sentem é integrarem de forma equilibrada e ecológica para si os diferentes papéis que assumem no dia-a-dia."
Girl you’re amazing just the way you are. Pois
é, tal como nos diz Bruno Mars na canção, nós já somos extraordinárias, nós já
somos incríveis. Para a maioria das mulheres ainda é difícil acreditar nesta
“verdade” fundamental, ainda é difícil viver a partir deste pressuposto,
principalmente numa sociedade onde o sucesso e a perfeição aparecem como
objectivos últimos e urgentes a ser cumpridos. É inegável toda a conquista
feminina nos dois últimos séculos, é inquestionável o resgate do poder feminino
na sociedade, tal como, também é inegável o quanto ainda há para ser feito.
No entanto, não é sobre a
evolução histórica do feminino ou sobre o papel cada vez mais activo que a
Mulher tem na sociedade que hoje quero escrever. Hoje escrevo para ti que, tal
como eu, muitas vezes te sentes assoberbada pelos vários papéis, pelas várias
personagens que interpretas. Para ti que vives numa sociedade que te exige ser
excelente. Para ti que te exiges ser excelente; excelente mãe, excelente
profissional, excelente companheira, excelente dona de casa, excelente amiga…
excelente em tudo. E nesta procura incessante da excelência e do sucesso
esqueces-te do mais importante – tu já és excelente!
Uma das coisas que me tem sido
possível observar nas minhas clientes e também em mim própria, é o terrível
sofrimento que esta crença traz. Aliás, este é o principal motor que nos
empurra para uma outra crença muito limitadora - nunca somos suficientemente
boas. É claro que estou a generalizar e que me perdoe quem no seu percurso
nunca teve ou já se libertou destas amarras, ainda assim, sei que tu, eu e muitas
de nós nos revemos neste retrato. A boa notícia é que é possível transformar
crenças limitadoras em crenças ilimitadas que nos potenciam, mas isso ficará
para outro artigo.
Hoje quero falar-vos de Partes. Uma das principais
dificuldades que acredito que as mulheres sentem é integrarem de forma
equilibrada e ecológica para si os diferentes papéis que assumem no
dia-a-dia.A necessidade de ter de
corresponder a expectativas, quer nossas quer de outros, e o sentimento lá no
fundo, bem lá no fundo de que temos de ser perfeitas, causa-nos muitas
vezessentimentosde frustração, conflito e mau estar interior.
Vemo-nos apanhadas frequentemente em diálogos internos entre partes de nós que
parecem viver numa guerra interminável. Sentimos muitas vezes que existem
partes de nós que não são ouvidas e, ou existem partes de nós que boicotam
outras partes. Apercebemo-nos muitas vezes que o comportamento que temos é
desajustado em relação a determinada situação ou, pior ainda, sentimos que se
nos comportarmos de determinada maneira estaremos bem com uma parte de nós e
não tão bem com outra parte.
Confuso? Talvez. Muitas de nós conhecem a sensação
de ter de ir a uma reunião importante no trabalho e ao mesmo tempo ter uma
reunião na escola dos filhos, muitas vivem também o conflito entre a parte de
si que é cuidadora, nutridora, maternal e a parte de si que é feminina,
sensual. Quem nunca ouviu também a vozinha interior híper crítica. Os exemplos
são muitos.
Ora, um dos modelos desenvolvido
pela PNL (Programação Neuro Linguística), o modelo de Partes, permite-nos
ultrapassar estes conflitos, permite-nos reenquadrar de uma forma mais positiva
e ecológica partes que actuam como “sombras” nas nossas vidas. Partindo do
princípio que o ser humano é um todo, um sistema, constituído por várias partes
e que tudo tende novamente para a união para que se torne uma totalidade em
nós, que todos possuímos os recursos que necessitamos e que todo o
comportamento tem uma intenção positiva, a PNL oferece-nos várias soluções para
trabalharmos interiormente e para caminharmos num sentido de maior
possibilidade de escolha, de maior liberdade, de maior noção de Ser.
Girl, you’re amazing just the way you are. E,
se vives conflitos internos ou se não gostas de como algumas partes de ti se
comportam, permite-te transformar, é possível transformar. Tudo, mas mesmo tudo
tem uma intenção positiva e, se a forma que utilizas para realizar essa
intenção positiva não é a mais adequada e não te traz resultados positivos,
então, procurar comportamentos alternativos para realizar essa
intenção positiva. Atreve-te a trazer ao de cima tudo o que já existe em ti.
Este é um dos exercícios que
podes experimentar.
Antes de começar o exercício,
identifica a parte de ti que queres transformar.
1. Entra num estado de calma e
relaxamento. Senta-te confortavelmente. Relaxa as diversas partes do corpo e
dirige atenção para a respiração.
2. Agora imagina que tens uma
conversa contigo mesma, imagina que podes conversar com cada parte de ti.
Imagina que contactas com uma parte de ti que é responsável por um comportamento
que queres transformar. Agradece-lhe por cooperar, aceita-a e pergunta-lhe qual é
a intenção positiva do comportamento que tem. O que quer obter, onde quer
chegar, o que é importante realizar.
3. Quando tiveres alcançado as
intenções positivas, pergunta a essa tua parte se estaria disposta a adoptar
comportamentos alternativos que visassem realizar a mesma intenção.
4. Pede à tua parte criativa para
ajudar e para dar comportamentos alternativos.
5. Pergunta à parte se aceita
estes novos comportamentos, quais é que aceita.
6. Imagina agora um congresso,
uma reunião, onde estão todas as tuas partes e investigua se alguma parte se
opõe à adopção de algum dos comportamentos.
7. Deixa o congresso e volta a falar com a
parte. Pergunta-lhe se está disposta a experimentar usar estes novos
comportamentos nos próximos tempos.
8. Imagina-te agora em várias
situações no futuro e vê-te a adoptar os novos comportamentos. O que vês, o
que sentes, o que ouves? Tornaa imagem atractiva para ti.
Por ser a mais antiga e a mais complexa forma de conhecimento acessível ao homem, a astrologia encerra em seu interior as chaves para a descoberta de tudo o que há para ser conhecido no universo. É claro que dificilmente se chega a alcançar tamanho grau de compreensão. Porém, em termos práticos, até mesmo uma pequena parcela desse conhecimento pode funcionar como instrumento potente para a solução de nossos problemas.
A astrologia penetra em profundidade o íntimo da essência humana e remove as falsas camadas superficiais, trazendo à luz a qualidade do seu ser real. Mas o que é então um astrólogo? Será ele um matemático? Um pesquisador? Um sociólogo? Um conselheiro? Um filósofo? Um analista? Um teólogo? Um professor? Ele é um pouco de todos eles e, acima de tudo, um filantropo: alguém que se preocupa com o que acontece ao seu semelhante. E, mais importante ainda, um estudante em contínuo processo de aprendizado.
O astrólogo lida com pessoas de todos os níveis e idades. Precisa compreender o comportamento e as relações humanas e seus ciclos, os interesses comerciais de seus clientes, suas diferenças religiosas e culturais e a maneira pela qual as miríades de influências ambientais afectam seu destino. Por todas essas razões, o astrólogo permanece um Mestre-estudante toda a sua vida.
Ele estuda as pessoas, suas maneiras e hábitos, seus êxitos e fracassos, e observa suas acções e reacções. Compreende as emoções humanas em seu aspecto mais profundo e é um devoto estudioso da natureza. Observa a alternância das estações e conscientiza-se de sua actividade cíclica. Enxerga as folhas numa árvore e apreende a sua dependência dos galhos dos quais brotam. Perceb que nenhum galho é exactamente igual a outro. Todavia, não lhe é possível afirmar que qualquer um deles seja melhor ou pior que os outros. A partir daí, ele percebe a individualidade e a igualdade entre os seres humanos.
Se estiver realmente atento, conseguirá entrever essa ligação entre homens e natureza em vários planetas. Pois o que o homem busca durante toda a sua vida, as árvores conhecem. As estações sabem. A chuva e a neve também conhecem. Apenas o homem desconhece. E a meta, o trabalho e a função do astrólogo consistem em dizer ao homem, em palavras acessíveis que ele é verdadeiramente capaz de alcançar o mesmo estado de harmonia perfeita com as leis naturais que constata sempre que olha ao redor de si.
A astrologia é, pois, um tipo bastante diferente de linguagem, e é o astrólogo quem traduz essa música da natureza para o ouvido humano. O objectivo deste estudo é harmonizar o homem com a natureza, de modo que ele possa tornar-se firme como as montanhas, suave como a primeira nevada de inverno, melódico como as folhas que farfalham quando tocadas pelo vento e feliz como o sorriso da criança, revelado pela certeza de que a todo instante as bênçãos divinas são derramadas por toda a parte e de que, em meio a toda a glória da natureza, o homem é a mais exaltada entre as criaturas.
"Se acreditares que não podes fazer alguma coisa, provavelmente não vais ter oportunidade de saber, porque provavelmente não vais fazer. As crenças actuam na nossa vida como profecias auto-realizáveis"
“If I can see it, then I can do it. If I just
believe it, there's nothing to it. I believe I can fly, I believe I can touch
the sky. I think about it every night and day, spread my wings and fly away. I
believe I can soar. I see me running through that open door. I believe I can
fly, I believe I can fly, I believe I can fly”. (Se eu posso ver isso, então posso fazer isso.E se eu
acreditar, nada me poderá impedir.Eu acredito que posso voar,eu acredito
que posso tocar o céu. Penso
nisto todos os dias e todas as noites, esticar as minhas asas e voar ... Eu
acredito que eu posso elevar-me. Vejo-me a correr, atravessando uma porta
aberta.Eu acredito que posso voar, eu acredito que posso voar, eu acredito que
posso voar).
Nós somos o que acreditamos Ser! E podemos
acreditar que podemos voar. E podemos acreditar que nascemos sem asas. As crenças, aquilo que verdadeiramente
acreditamos sobre nós, sobre os outros e sobre o mundo, negam ou potenciam o
nosso poder pessoal. Se acreditares que não podes fazer alguma coisa,
provavelmente não vais ter oportunidade de saber, porque provavelmente não vais
fazer. As crenças actuam na nossa vida como profecias auto-realizáveis. Se
acreditares que podes voar, voarás. Se acreditares que não tens asas, não
sairás do ninho.
Henry Ford dizia: “Se você acreditar que
consegue, ou que não consegue, em ambos os casos, você estará absolutamente
certo”.
Uma crença é simplesmente um
sentimento de certeza de que algo é real ou verdadeiro, e fundamenta-se na
generalização da nossa experiência subjectiva. Muitas das crenças que guiam a
nossa vida, formaram-se em momentos no passado e segundo uma visão limitada de
nós próprios e do mundo à nossa volta. A família onde nascemos, a educação que
tivemos, tiveram um papel fundamental no desenvolvimento do nosso sistema de
crenças. Todos temos crenças que nos potenciam e crenças que nos limitam.
Muitas das nossas crenças limitadoras constituíram-se na infância e nada tiveram
a ver com as experiências em si, mas com a forma como por nós foram
percepcionadas e vivenciadas, de acordo com os recursos (poucos) que tínhamos
disponíveis na altura.
Já alguma vez te perguntaste
porque razão um elefante num circo está preso por uma simples corda amarrada a
uma estaca? Porque razão não se tenta libertar? Olhando para o elefante não é
difícil imaginar que bastaria começar a caminhar para arrancar a estaca. A
resposta é simples; quando jovens, os elefantes são amarrados a uma estaca por
uma corda forte que os impede de sair do lugar. Depois de várias tentativas
falhadas para se libertarem, os jovens elefantes aceitam que não podem. E assim
permanecem na vida adulta, ficam condicionados pela experiência que tiveram em
jovens.
O mesmo acontece connosco.
Estamos condicionados por muitas cordas e estacas. Algumas dessas cordas têm as
suas estacas em experiências simples com colegas de escola, coisas de miúdos,
diríamos agora adultos. Mas, muitas vezes, são essas coisas de miúdos que estão
gravadas na nossa memória inconsciente, e que diminuem a nossa auto-imagem. Outras,
estão presas a alguma altura em que a nossa mãe, o nosso pai, ou alguém
importante para nós, nos disseram que não éramos capazes de fazer alguma coisa.
E nós acreditámos. A própria época em que crescemos tem um papel fundamental
nas nossas crenças. Olhem por um momento para os dias de hoje e imaginem as
crenças que estamos a cimentar nas nossas crianças….dificuldades, sacrifícios,
crise… . Embora estejamos conscientes de muitas das nossas crenças, na maioria
das vezes as que nos limitam não estão à superfície e, por isso, detectá-las é
um passo importantíssimo. Uma mudança nas nossas crenças pode ter um impacto
enorme na nossa vida. Toda a nossa auto-imagem, auto-valor, capacidades,
habilidades, comportamentos, bem-estar… têm na base crenças profundas e a sua
qualidade positiva ou negativa fará toda a diferença.
Todos estamos conscientes do
poder da crença. Se é a crença que leva muitos a cometer actos absolutamente
desumanos sem qualquer hesitação, é ela que justifica também exemplos de enorme
altruísmo, compaixão, elevação. Felizmente, o mundo está cheio de exemplos
positivos que nos mostram a magia da crença, a magia da fé. Gandhi, Madre
Teresa de Calcutá, Nelson Mandela são exemplos de como crenças ilimitadas
fundamentadas por valores elevados podem mudar o mundo. Todos conhecemos também
Nick Vujicic, um exemplo de superação pessoal extraordinário.
Tu podes mudar o teu mundo. Podes
começar pela linguagem que usas. As palavras têm o poder de aumentar, diminuir
e modificar as nossas reacções à experiência. As palavras vão definir a maneira
como interpretamos e sentimos as situações. Por exemplo, podes ter várias
formas de descrever uma situação de desemprego; “Estou desempregada”, “Estou à
procura de uma nova oportunidade” e “Estou temporariamente sem ocupação
remunerada”. Cada uma provocará um sentimento e uma reacção diferentes diante
da mesma situação. Podes começar logo de manhã mudando o teu dia, orientando o
teu foco. Mal acordes e ao longo do dia, usa algumas destas afirmações de
Louise Hay. Não te esqueças que, como diz Nelson Mandela “tudo é considerado
impossível até acontecer”.
Escolho sentir-me bem comigo
mesma. Mereço o amor que sinto por mim.
Sou capaz de me cuidar sozinha.
Reconheço e uso meu próprio poder.
Não importa o que os outros digam
ou façam. O que importa é como escolho reagir e o que escolho acreditar a meu
respeito.
Tenho a auto-estima e a confiança
necessárias para avançar pela vida com facilidade.
Há muitas formas de transformar
crenças limitadoras em crenças ilimitadas. Em PNL há vários modelos e
exercícios que trabalham crenças. Simplificá-los para fazerem sentido neste
espaço poderia pôr em causa a sua eficácia. Assim, decidi disponibilizar um exercício
simples que aprendi numa Master Class com Emma James (Trainer em PNL, Linha do
Tempo e Hipnose). Este exercício é uma adaptação de outras técnicas e não se
aplica ao trauma.
1-Identifica a crença limitadora.
2-Lembra-te da última vez em que te sentiste assim.
3-Revive essa experiência, sente.
4-AGORA sai do evento – vê-te nele. Repara na mudança de
perspectiva e naquilo em que não tinhas reparado.
5-Enquanto fazes isto, identifica os recursos que
dispões, por ex: se houve alguma vez em que tenhas ultrapassado isto, opções
que ainda não tenhas visto, pessoas que te podem ajudar, decisões que podes
tomar para que a mudança esteja na tua mão, seja da tua responsabilidade. Percebe
que recursos precisas e quais tens disponíveis.
6-Pensa num tempo futuro – em que esta situação teria
normalmente acontecido. Aplica os recursos, aprendizagem, opções, novas
decisões, e repara no que acontece agora.
Este exercício leva-te a
interiorizar uma nova perspectiva, comportamento, fisiologia. Continua a pô-lo
em prática para cimentar.
"Séculos e séculos de uma visão masculina da vida, do poder, cimentaram em nós, mulheres, crenças que ainda hoje nos diminuem a condição. Crenças profundas que nos foram afastando do poder de ser mulher."
“É muito tempo a desejar o tempo
De mudar ventos, levantar marés
É muita vida a desejar o alento
Que faz saber ao certo quem és…” Outra Margem
de mim – Mafalda Veiga
A relação Feminino/Masculino é
universal. Os antigos conceitos chineses yin/yang, são princípios gerais, representações
simbólicas das energias presentes na natureza.
Yang – elemento criador, gerador,
energia iniciadora, impulsividade, agressividade, ordem, exterior, consciente,
intelecto, força.
Toda a manifestação no mundo é
dual, dividida. Em nós também.
O ser humano é um sistema
constituído por várias partes e tudo tende novamente para a união, para que se
torne uma totalidade em nós. Esta totalidade em nós é o processo que Jung
chamou de Individuação. O caminho de Ser um Indivíduo, de Ser Inteiro, Uno, Não
Dividido. Um processo arquetípico que nos permite ser … Mais. E o caminho do
Homem é este. A transcendência do dual, a reconciliação dos opostos, os
contrários que se juntam, a síntese. A noção de Anima, como a parte feminina
presente no inconsciente do homem e Animus, como a parte masculina presente no
inconsciente da mulher é, em Jung, a representação destes opostos em nós. Opostos
que criam tensão.
No entanto, dentro de nós,
mulheres, a tensão não é apenas vivida entre feminino e masculino. A tensão é
também vivida entre os vários arquétipos femininos. Vivemos numa sociedade onde
historicamente há uma supremacia do elemento masculino sobre o elemento
feminino, vivemos numa sociedade patriarcal. E por isso pergunto: Que Anima?
Que feminino? Será que a Anima em nós mulheres é assim tão consciente? Ou será
que a verdadeira Anima, a Deusa, mulher integrada, inteira, o feminino
profundo, está fragmentada e desligada da mulher dos nossos dias...?
Séculos e séculos de uma visão
masculina da vida, do poder, cimentaram em nós, mulheres, crenças que ainda
hoje nos diminuem a condição. Crenças profundas que nos foram afastando do
poder de ser mulher. Crenças que nos foram aproximando deste conceito yang de
poder. E são os valores femininos que fazem profundamente falta na nossa
sociedade. Ainda há pouco tempo li um artigo no Público on-line sobre um livro
de Steven Pinker (psicólogo da Universidade de Harvard e antigo subsecretário
da Defesa dos EUA) onde o autor defende que se o mundo fosse governado por
mulheres seria mais pacífico. Os homens “tendem a escolher a força do comando,
enquanto as mulheres são mais pacificadoras”. Os mais cépticos falam do exemplo
de mulheres que já tivemos e temos no poder… esquecem-se que essas mulheres
continuam a actuar segundo valores masculinos.
Olhando para os mitos como
representações puramente simbólicas dos vários femininos que estão impressos em
nós, encontramos na base da sociedade ocidental como exemplos femininos a
modelar, Eva e Maria.
Eva
Mulher de Adão, criada a partir
de uma costela do primeiro homem para ser sua companheira. Trouxe o pecado ao
mundo e levou Adão a pecar. Cedeu à tentação, à serpente. Culpada pela expulsão
da humanidade do Paraíso, carregando o estigma do pecado, impureza, fragilidade.
Eva, a mulher submissa, que tem a sua identidade e existência ligadas a Adão,
ao homem.
Maria
Em Maria temos a mãe de Jesus,
Cristo salvador da humanidade. Maria engravida do Espírito Santo ainda sendo
virgem. Maria é mãe e virgem, atribuições que remetem para a mãe perfeita,
assexuada, pura como todas as mães deveriam ser. Maria, mãe simbólica da
humanidade que vem redimir os pecados de Eva.
As duas, Eva e Maria, têm em
comum o facto de serem validadas na sua existência pela sua relação com o
masculino. Uma é assexuada, a outra, culpada pelo pecado original.
Depois….
Lilith. Vive nos confins sombrios
do nosso inconsciente colectivo. Quem é Lilith?
Lilith aparece na tradição
rabínica de transmissão oral, no folclore hebraico, em textos cabalísticos... O
alfabeto de Ben Sirak é o registo mais antigo que se conhece sobre Lilith. Existem
várias versões de Lilith e aparece em várias culturas.
Lilith é descrita como tendo sido
a primeira mulher de Adão. Em alguns escritos Lilith e Adão eram o hermafrodita
que Deus separou em duas metades, feminina e masculina. Noutros, Lilith é criada
por Deus da mesma forma que Adão, ou seja, moldada pelas mãos divinas, só que a
partir de lodo e lama. Com o tempo, Lilith torna-se rebelde e não se conforma
em estar numa posição inferior à de Adão, já que ambos tinham sido criados à
imagem e semelhança de Deus. Inclusive, na relação sexual, Lilith não se
conforma em ser submissa. Diz-se que Lilith e Adão viveram uma verdadeira
paixão, que ela o tirava do sério. Lilith entra em conflito com Adão e com o
Criador. Por isso, tem de escolher entre submeter-se ou partir exilada para o
Mar Vermelho, onde vivem os demónios. Lilith escolhe partir. O seu castigo é
tornar-se um demónio, a rainha da noite.
É a partir daqui que Deus cria
Eva, para acabar com a solidão de Adão.
Lilith representaria assim a
mulher independente, que sabe o que quer, que não se envergonha de si própria, activa
sexualmente. Enviada para o inconsciente como demónio, ali ficou como sombra. Acusada
de todos os males e tentações. Em alguns escritos Lilith é a própria serpente
que tentou Eva. Demónio nocturno que vinha tentar os homens, matava crianças,
gerava demónios. Acusada de encarnar na mulher que ousava ser diferente e pôr
em causa a ordem - a bruxa, queimada.
Das sombras todos temos medo. E
assim, como sombra e sombria, reconhecemo-la pela negativa – é a mulher fatal,
a amante, a tentadora perversa. É a representante de impulsos sexuais reprimidos.
Mas… não poderão Maria, Lilith e
Eva coexistir na Mulher? Em pleno século XXI, não será tempo de tirar Lilith da
sombra e dar-lhe luz? Até quando será convenientemente demónio?
Não nos poderemos nós rever na doçura
e companheirismo de Eva, no amor incondicional de Maria, e ao mesmo tempo
ganharmos espaço criativo para a nossa própria expressão enquanto e como
mulheres, levando activamente os valores femininos ao mundo? Mudando o mundo.
Não poderemos nós ser mães, companheiras, amantes? Em que é que a nossa
independência e vivência sexual nega os valores femininos? Os valores femininos
só são negados quando procuramos ser yang na nossa expressão.
Haverá sempre Marias felizes,
Evas felizes, Liliths felizes. No entanto, para as que sentem o vazio, a
insatisfação com os papéis que decidiram ou decidiram por elas assumir, não
será a integração, assumir o poder feminino na sua totalidade, ser mulher
inteira, a Deusa, o caminho ou pelo menos parte dele?
Hoje deixo-te apenas uma
pergunta:
Se não tivesses que ser nada,
quem gostarias de ser? Quem poderias ser?
"É preciso validar a nossa criança interior, é preciso validar a sua dor para podermos encontrar a sua alegria, a sua criatividade, todo o seu potencial"
“…I found the greatest love of all inside of
me. The greatest love of all is easy to achieve, learning to love yourself, it
is the greatest love of all.” (Eu encontrei o maior amor de todos dentro
de mim. O maior amor de todos é fácil de alcançar, aprender a amar a si mesmo é
o maior amor de todos). The greatest love of all – Whitney Houston
Na semana passada prestaram-se
homenagens a Whitney Houston um pouco por todo
o lado. Eu própria o fiz no facebook. Mesmo quem não gosta do tipo de música,
não fica indiferente à voz. Eu também não fico. Gosto muito de Whitney
Houston.
Não me lembro quando foi a primeira vez que ouvi esta
canção, The greatest love of all, mas sei que me emociono sempre com a letra. “Learning to love yourself it is the
greatest love of all” (aprender a amar a si mesmo é o maior amor de todos). Olhando
para vida de Whitney, possivelmente ela não foi capaz de o fazer, não foi capaz
de encontrar o maior amor de todos. Nem sempre é assim tão fácil. Deixamos que
demasiadas sombras tapem a nossa luz, ou tentamos levar a vida a negar que a
sombra também existe em nós. E tudo aquilo que não somos capazes de aceitar
como uma parte nós acaba por ganhar demasiada importância, passa a dominar a
nossa vida. Começa a espreitar em cada esquina, em cada relacionamento. Carl Jung
afirmou; “Uma pessoa não se torna iluminada a imaginar figurinhas de luz. Uma
pessoa torna-se iluminada ao tornar a escuridão consciente”. Este tornar a
escuridão consciente é darmo-nos a nós próprios a oportunidade de levar luz à
nossa escuridão, em vez de nos identificarmos com ela ou fingirmos que não
existe. Muitas vezes passa por sermos capazes de objectivar a nossa própria
subjectividade. Perdemo-nos na nossa subjectividade e é necessário ganharmos a
capacidade de nos dissociar, olharmos de fora. Outras vezes, passará por deixar
de lado tanta objectividade e permitirmo-nos sentir. Todos somos diferentes e
acredito que todos nascemos para brilhar.
Em todos nós vive uma criança formada a partir das memórias
das nossas vivências pessoais. É a nossa criança interior. No fundo, a criança
interior representa a forma como percepcionámos o mundo, como recebemos o
mundo. A criança interior é aquela que ficou registada no nosso inconsciente a partir da nossa memória das vivências pessoais. Todos
queríamos ser especiais para as pessoas que amávamos. Todos queríamos colo.
Todos queríamos protecção. E há aqueles que tiveram e nunca chegava, queriam
sempre mais. E há aqueles que pouco ou nada tiveram e habituaram-se a isso, como
se não merecessem. Muitas vezes, não tem a ver com aquilo que nos foi dado, tem
a ver com a maneira como por nós foi recebido e o que fazemos com isso, de que
forma é que utilizamos as experiências para alavancar a vida. Todos somos humanos, ninguém teve pais perfeitos, andou numa escola
perfeita ou se relacionou com seres perfeitos. De uma forma ou de outra, em maior ou menor grau, muitos sentiram-se mal-amados, negligenciados, ou excessivamente criticados, ou rigidamente disciplinados, ou superprotegidos ou…ou...ou. .
Os aspectos
vulneráveis e carentes da criança que fomos um dia levam-nos a desenvolver
maneiras de nos protegermos e compensar necessidades que não foram preenchidas.
Nós crescemos, tornamo-nos adultos, mas essa criança com necessidades não
preenchidas continua lá, não cresce. E é essa criança ferida que aparece em
muitos momentos da nossa vida, em muitos relacionamentos. O mundo é um espelho.
Quando estamos num relacionamento que nos devolve uma imagem de nós distorcida
e pequenina, a pergunta não é “ porque é que a outra pessoa faz isto?” A
pergunta é “o que é que me leva a estar com uma pessoa que me diminui e
distorce o tamanho?” As respostas vão ser variadas. Não há boas ou más
respostas.
É preciso validar a nossa criança
interior, é preciso validar a sua dor para podermos encontrar a sua alegria, a
sua criatividade, todo o seu potencial. É preciso encontrar a nossa criança
Divina. Acredito que é absolutamente necessário amá-la. É aqui que encontramos
o Amor Maior, dentro de nós próprios. Amarmo-nos, aceitarmos toda a nossa luz e
toda a nossa escuridão, é sem dúvida o maior Amor de todos. E esta aceitação
abre espaço para sermos o que viemos para Ser.
Exercício:
Há muitas formas de entrarmos em
contacto com a criança interior. Escolhi uma pequena meditação. Um exercício
simples para começares.
Senta-te ou deita-te confortavelmente. Inspira
profundamente e expira. Relaxa cada parte do teu corpo.
O objectivo é encontrares-te
a ti mesma, quando eras criança, em algum lugar. Essa criança pode estar a
brincar no jardim, na praia, em casa… Pode estar a rir, chorar, mal-humorada,
feliz. Chama essa criança da maneira que te chamavam quando eras pequena.
Conversa com ela, ouve-a. O que é que ela precisa? Pergunta-lhe. Brinca, abraça-a,
canta-lhe. Dá a essa criança o que ela mais precisa. Quando perceberes que a
criança ficou satisfeita, volta ao aqui e agora.